Depois de Vitória, Serra e Guarapari, professores de Cariacica podem parar
Por Patrick Monteiro (redacao@eshoje.com.br).

Nesta quarta-feira (13) completa um mês a greve dos professores da rede municipal de ensino de Vitória. Mas, a paralisação do sistema de ensino não acontece apenas na capital capixaba. O magistério de Serra e Guarapari também aderiram ao movimento e os professores de Cariacica já ameaçam parar.
"Os professores estão em estado de greve. Nesta quarta-feira (13) temos uma assembléia no SEST/SENAT para decidir os rumos da educação no município. Queremos a implantação do piso nacional que estipula cerca de 38% de reajuste e a prefeitura nos oferece 6,9% divididos em três vezes. Provavelmente, os magistrados também parem", informou Eduardo Coelho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes). Por meio de nota a prefeitura de Cariacica informou que está acompanhando o assunto de perto.
No município da Serra os servidores exigem reposição salarial. "Queremos a melhoria das condições de trabalho. O pagamento das perdas salariais. E o a reposição com base no índice de inflação anual. Mas, a prefeitura não negocia e nem diz quando poderá pagar. Estamos a uma semana de greve e nada foi apresentado. Estamos com 70% do sistema de ensino funcionando", informou Coelho. Uma audiência está marcada para esta quarta, às 14 horas, no CT Carapina, próximo a escola Rômulo Cartolo.
Já a prefeitura de Serra informou que reconhece as perdas salariais da categoria e que já recebeu os membros do Sindiupes para o diálogo. O prefeito Sergio Vidigal (PDT) se pronunciará em breve sobre o reajuste que será dado a todos os servidores do município, informou a assessoria do município. Segundo a assessoria, os professores do município são os mais bem pagos de todo o Estado e ganham cerca de R$ 2.037,21 por cinco horas trabalhadas e pedirá a ilegalidade da greve.
Em Guarapari a greve, que começou nesta segunda-feira (11), gera polemica fora do âmbito estudantil. "Queremos negociar com a prefeitura. Queremos discutir com as contas do município em cima da mesa para termos certeza dos valores. Se depender dos magistrados terminamos a greve amanhã, o que não queremos é que chamem a polícia para as nossas manifestações como tem ocorrido", afirmou Paulo Loureiro diretor do Sindiupes. Nesta quarta uma assembleia será realizada às 8h30.
Na capital a greve completa 30 dias sem previsão de fim. "O movimento será mantido. Temos uma assembléia na quinta-feira (15), às 8h30 no Clube Álvares Cabral. Exigimos os 9% de reajuste com base na inflação devida de 2009 e de 2010. Também tem os 49% de perdas acumulados. Entendemos que nenhuma estrutura agüentaria isso. E por isso queremos firmar um acordo com a prefeitura para um plano de pagamentos até o fim da era Coser", afirmou o diretor do sindicato.
A prefeitura de Vitória informou que concedeu reajuste de 5% a todo quadro de servidores da administração municipal a partir do salário de maio após análise do comportamento da receita e despesa do município. Quanto a legalidade da greve informou que a Justiça já determinou o retorno dos professores e que os grevistas estão tendo o ponto cortado.
"Quanto à ações judiciais, a primeira liminar do Tribunal de Justiça, considerando a greve do magistério municipal ilegal e determinado o retorno ao trabalho, foi concedida em 18 de março. Esta decisão prevê multa de R$ 10 mil. A segunda liminar data de 23 de março e confirma a decisão anterior, majorando a multa para R$ 70 mil. Diante da manutenção da greve a administração resolveu cortar o ponto dos dias de paralisação dos professores a contar do início do movimento", informou por meio de nota.
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