Greve dos professores
Professores de Serra e Guarapari iniciam greve nesta segunda
Na Grande Vitória já são três municipios com magistério parado
Por Dalila Travaglia (dalila@eshoje.com.br).
Após quase um mês de paralisação dos professores da rede municipal de Vitória, o magistério de Serra e Guarapari também aderem ao movimento. Nesta segunda-feira (11) a categoria dos dosi municipios da Grande Vitória curzarsam os braços. O anseio dessa vez, vai muito além de problemas salariais, a classe briga por condições trabalhistas e suporte educacional.
Nesta manhã, cerca de 500 pessoas, entres elas pais e alunos, líderes comunitários e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), tomaram as ruas da Serra Sede, em frente à prefeitura, para um ato público. De acordo com os servidores, há dois anos a categoria tenta dialogar com o prefeito Sergio Vidigal (PDT), porém nenhuma negociação foi consolidada.
No dia quatro de abril, a Prefeitura apresentou um documento onde consta uma perda salarial do magistério de 6,1% (referente a 2009). Os professores exigem da PMS a reposição inflacionária de 24,5%, referente a perdas acumuladas entre julho de 1994 e março de 2011, e uma proposta de calendário para reposição dessas perdas.
"Além de manipular informações, apresentando um índice desatualizado, eles não apresentaram o calendário de pagamento dessa reposição inflacionária. O prefeito afirmou ter uma dívida, mas não deu previsão para pagamento. Colocou como condicionante o crescimento da receita do município. Tal situação ofende completamente a dignidade do magistério da Serra", acusa o secretário de Comunicação do Sindiupes, Swami Cordeiro Bérgamo.
Os professores reivindicam também atenção às necessidades estruturais e educacionais das escolas. Segundo eles é necessário reforçar o suporte educacional. "É precso investir na segurança das escolas, em equipamentos, na estrutura física, além da eficiência da emerenda. Lutamos pela educação democrática e de qualidade", ressaltou Bérgamo.
O secretário de Comunicação ainda destaca que tem consciência do problema que uma greve gera, mas entende que a atitude é necessária e um instrumento legítimo para brigar pelos direitos. A Serra, atualmente, possui cerca de 110 escolas municipais, que ficarão sem funcionamento até uma nova negociação.
Além do ato público realizado nesta manhã, um outro movimento será feito às 14h30. A classe também estará presente às 18 horas na sessão da Câmara Municipal. Nesta terça-feira (12) serão feitos os mesmos atos públicos, às 8 e às 14 horas, dessa vez em Laranjeiras. Na quarta-feira (13) uma assembleia geral será feita às 14 horas em Central Carapina.
A Prefeitura da Serra disse, por meio de nota, que não há justificativa para a greve e que pedirá à Justiça a ilegaliade do movimento. Anota ainda ressalta o salário da categoria, que é o maior do Estado. "Mais 90% dos professores da Serra recebem, por 5 horas de trabalho por dia (25 horas semanais, de segunda a sexta-feira), salário inicial de R$ 1.837,21, além do auxílio alimentação no valor de R$ 200,00, totalizando assim R$ 2.037,21. Na Serra, os professores, a cada dois anos, têm direito a 3% de aumento no salário (progressão funcional)", informa a nota.
Guarapari. Os professores da rede municpial de Guarapari, também cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos a partir desta segunda-feira (11). Desde o dia cinco de abril o município está em estado de greve. Os problemas são os mesmos: reivindicam o cumprimento do piso salarial nacional e melhores condições de trabalho.
De acordo com o secretário de Comunicação do Sindiupes, Swami Cordeiro Bérgamo, o magistério do município também exige o fim das aulas de 60 minutos e a reposição das perdas inflacionárias.
Em Vitória os professores estão em greve desde o dia 14 de março. Nesta segunda tem audiência pública na Câmara Municipal para tratar da situação da Educação no município. A Justiça decretou a greve ilegal com multa diária de R$ 70 mil ao Sindiupes, mas a entidade optou pela continuidade do movimento, que considera legítimo.