Relato de uma criança renascentista por Marina de Oliveira Delmondes
O dia amanhece...
Acordo...
Algo novo...
Tomo o meu café, coloco meu terno e pego minha pasta...
Eis o meu primeiro dia:
Entro naquele espaço, nem um bom dia...
Sento e já tenho decisões a tomar...
Olho pela janela e imagino coisas, mas ali é o meu lugar...
Sou perfeito, estou apto a liderar este lugar...
Mas, qualquer erro, o castigo, devo apanhar...
Tomo as decisões, busco um lugar...
Vou para os livros, começo a investigar...
Que fenômenos! Vou observar. Que arte! Que literatura! Poesia e Romance!
Onde este drama quer me levar?!
Do alfa ao ômega vou decorar...
Entre as filosofias devo raciocinar...
As cobranças aumentam, é hora de declamar...
Mil palavras, muito blá blá blá...
A frente dos intelectuais devo representar...
Que escassez, é isso que vou ganhar...
Buscar alternativas em outro lugar...
Em casa, uma tarefa a realizar: escrever e avaliar...
Que pena deixar aquele lugar...
Escola Municipal Renascença, este nome vou lembrar...
Mas aqui, sentado a mesa, devo declamar:
Sou Petrarca, tenho nove anos e quero brincar...
E quando crescer anseio por EDUCAR.